sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Curtindo uma viagem com a música eletrônica

Eu tenho um sério problema com pessoas que ouvem música no celular dentro de ônibus/trem/metrô/qualquer lugar. Tudo bem escutar em seus fones brancos, solitários, dentro de um mundo paralelo; mas colocar a música no último dos volumes para todos escutarem, não!

Talvez eu seja um conservador, mas não consigo ouvir música eletrônica às seis da madrugada dentro de um metrô lotado. Simplesmente está fora da minha capacidade física. Meus ouvidos não suportam e meu cérebro se transforma em pasta de amendoim.

É sempre assim: sento no meu lugar, pego um livro, inicio a leitura e... ela começa. Algum ser sem rosto ligou o celular e a maldita música eletrônica, estourando os tímpanos dos presentes. Pelo amor de Deus, alguém desliga essa coisa. Eu preciso ler, o senhor do meu lado quer dormir um pouquinho e tem um casal ali que necessita namorar.

Todos no metrô já perceberam o barulho e, no fundo de suas almas, desejam todo o mal à vida do sujeito do celular. Quem ele pensa que é? Acordamos cedo, trabalhamos muito e somos obrigados a ouvir esses barulhos sem sentido? Que porcaria de vida. Vai ouvir música eletrônica na casa do seu pai – é o pensamento geral da nação.

O casal de namorados me lança um olhar corajoso, algo como “precisamos reagir”. Já o senhor dorminhoco parece triste, não vê solução para o fim da música. “Não tem jeito, cara, o rapaz não vai desligar o celular” – ele me diz, melancólico.

Eu, esperançoso, vou fazer alguma coisa. Vamos reunir um exército, sei lá. Chamar o FBI, a CIA, a Polícia Federal, a Ordem da Fênix. O cara do celular precisa ser detido, a música eletrônica tem que parar.

Eu me levanto e, no alto da minha coragem, vejo o cara do celular. Detalhes sobre ele: é grande e forte, usa camisa larga e um boné de aba reta, tem bigodinho e deve trabalhar na tropa de elite. Mais calmo, eu decido ouvir a música eletrônica e curtir a viagem.

8 comentários:

Leandro disse...

Ps.: Nada contra a música eletrônica.

Jefferson Sato disse...

Nossa, morri de rir com "Ordem da Fenix"
uahuahuahuauhauhauha!

Mas é, isso é normal. Por isso ando por ai com música explodindo nos meus ouvidos.

Aliás, por isso só leio em casa. E porque ler em carros, trens e onibus me deixa enjoado.

Luiz Mitsuo disse...

Essa historia me parece familiar...
só que para os lados de cá, troca-se o eletrônico por FUNK!

Se ainda o cara trocasse o celular por uma tela de DVD e deixasse eu assistir aquela bundança rebolando na minha frente... Acho que eu daria um desconto! hehehe

Tatiane disse...

Chamar a Ordem da Fênix?
ahsuashuahsa

Bom, concordo com você em gênero, número e grau.
Odeio pessoas que fazem esse tipo de coisa. Por mim, elas poderiam ficar surdas, assim não teriam mais porque ouvirem músicas altas dentro de transportes públicos.
Isso deixaria meus dias bem mais felizes.

"Eu me levanto e, no alto da minha coragem, vejo o cara do celular. Detalhes sobre ele: é grande e forte, usa camisa larga e um boné de aba reta, tem bigodinho e deve trabalhar na tropa de elite. Mais calmo, eu decido ouvir a música eletrônica e curtir a viagem."

Leandro, covarde?
Imaginaaaaa. :P

Beijo.

Daniel A. disse...

Pior é ter de suportar aqueles 'manos' que ficam ouvindo funk. Os caras ainda olham pros lados pra garantir que a galera está ouvindo...pqp!!!

Anônimo disse...

bom comeco

Unknown disse...

Ahauahauahaauahauah engraçadinho *--*

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.