1) Nos aproximamos do bar, cambaleando. A noite nem cobriu o céu e já filosofamos sobre o amor. As mesas do bar estão postas no lado de fora, de modo a contemplar o frescor da lua e das pessoas. Vou ao balcão. Penso no trabalho dos garçons. “Deus, como sofrem”. Do lado de fora o meu amigo conversa com dois homens e uma garota bonita. Imaginei que ela fosse modelo pela finura do corpo e a beleza do rosto. Chego mais perto para participar da conversa. “Sou do interior, moro numa república”, ela diz.
2) Andamos pela avenida, que nesta noite recebe muita gente. Talvez turistas, não sei: felizmente não descubro a origem de uma pessoa pela cara. Olho para o lado: um garoto tem um saco na mão. “Baixinho, me dá uma moeda para eu me drogar”, ele pede. Não sei quem é o baixinho, afinal ele é bem menor que eu. O que responder? A causa brasileira me é um dilema. Torto, o meu amigo grita: “Sabe qual é o nosso problema, cara? É que a gente ama demais as mulheres, porra!”
3) Nos sentamos na calçada em frente a uma farmácia. Pensei em comprar um remédio que cure a dor de cabeça. O meu amigo deita e dorme no chão: tento imaginar o que ele sonha, pois o sorriso continua na boca. Arranho um Los Hermanos, sozinho. Creio que Los Hermanos deva ser cantado assim: sozinho. Ouço um carro se aproximar. Uma mulher desce e entra na farmácia. Quando volta, olha o meu amigo. “Ele bebeu bastante, né? Tá certo, tem que beber mesmo: esse ano foi uma merda!”
Feliz ano novo!
2) Andamos pela avenida, que nesta noite recebe muita gente. Talvez turistas, não sei: felizmente não descubro a origem de uma pessoa pela cara. Olho para o lado: um garoto tem um saco na mão. “Baixinho, me dá uma moeda para eu me drogar”, ele pede. Não sei quem é o baixinho, afinal ele é bem menor que eu. O que responder? A causa brasileira me é um dilema. Torto, o meu amigo grita: “Sabe qual é o nosso problema, cara? É que a gente ama demais as mulheres, porra!”
3) Nos sentamos na calçada em frente a uma farmácia. Pensei em comprar um remédio que cure a dor de cabeça. O meu amigo deita e dorme no chão: tento imaginar o que ele sonha, pois o sorriso continua na boca. Arranho um Los Hermanos, sozinho. Creio que Los Hermanos deva ser cantado assim: sozinho. Ouço um carro se aproximar. Uma mulher desce e entra na farmácia. Quando volta, olha o meu amigo. “Ele bebeu bastante, né? Tá certo, tem que beber mesmo: esse ano foi uma merda!”
Feliz ano novo!