quinta-feira, 23 de julho de 2009

Carta a um amigo de infância

Estou atrasado. O Dia do Amigo aconteceu há três dias e eu não escrevi nada sobre o tema. Aliás, só fiquei sabendo da data hoje, quando li o blog da Tati, que tenho orgulho de dizer que é minha amiga. Bom, então, como estou meio sem criatividade, resolvi postar um texto antigo. Dei apenas uma atualizada e pronto!
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As coisas melhoraram por aqui. Mudei para uma casa maior, com grandes janelas e um quintal respeitável. Geladeira, fogão, televisão, aparelho de som, sofá: todos novinhos. Chique, não? Até uma cachorra eu tive, “Princesa” era o nome dela, pena que desapareceu de repente, coitada. Agora tenho o “Fedô”, um vira-lata, que diariamente me culpa por ter escolhido esse nome para ele.

Minha mãe continua bem, a mesma mandona de sempre. Mas mãe é mãe, você sabe, né? Meu pai, depois de alguns anos, resolveu aparecer. Foi na véspera da final da Copa de 2002. Bom, fiquei confuso, mas acabei me acostumando. Apesar que, confesso, nossa relação ainda é um pouco fria. Pai é pai, você sabe, né? Mas com o tempo isso passa. Espero ou não espero, não sei bem ainda.

Ah, depois que acabei a escola entrei para a faculdade. Faço jornalismo, quer dizer, tento fazer. É o que eu sempre quis, você lembra? Fizemos até um jornalzinho na escola; a primeira notícia que escrevi (lembro como se fosse hoje): “Morreu um boi na estrada". O boi e a estrada eram inventados, claro. Hoje aprendi que bons jornalistas não inventam notícias.Atualmente escrevo textos - que ainda não os chamo de crônicas, mas que os são, na verdade – para dois blogs. Não parecem aquelas velhas redações que escrevíamos a mando da professora Suely. Lembro de uma – e ainda a tenho aqui em casa – sobre alienígenas. A professora gostou muito. Hoje tento contar passagens da minha vida e, infelizmente, não incluem alienígenas.

Parei de jogar futebol. Cansei. Até porque minhas pernas não agüentam mais, apesar dos meus 20 anos. Até que eu era razoável, né? Jogava no ataque, você de goleiro. Até ganhamos alguns campeonatos na escola, lembra? Teve até troféu. Tudo bem que ele, o troféu, foi comprado por nós mesmos, já que organizávamos os campeonatos. Que honra ganhar o próprio troféu.

Lembra do Ivan? Ele não gostava muito da gente. Agora ele é um dos meus melhores amigos, juntamente com o Renato, que nós, brincalhões, chamávamos de “gordo”. Pois é, o gordinho emagreceu, cresceu, estudou e agora trabalha no Aeroporto. O Ivan e o Renato viraram roqueiros: não saem de shows cidade afora.

A vida amorosa está meio enrolada. Você sabe como sempre tive dificuldade em manter uma garota na cabeça por vez. Hoje, consigo gostar de várias ao mesmo tempo. Saudade de quando eu “amava” apenas a Bruna, ou a Jéssica, ou a Talita. Não sei se você recorda, no meu primeiro – e horrível – beijo, você estava sentado no banco de atrás daquele ônibus, (naquela excursão) com outra garota. Talvez, no dia, você tenha dado seu primeiro beijo também. Nunca conversamos sobre isso.

Andei vasculhando as gavetas da memória e lembrei do dia em que resolvemos não ir com o pessoal da escola para uma outra excursão: fomos de ônibus público mesmo. Quanta ingenuidade. Nos perdemos e deu a maior confusão. Acho que hoje, com 20 anos, já consigo andar de condução sem nenhum problema.

Bom, dito tudo isso, antes que eu esqueça, é melhor contar as notícias mais recentes da velha turma: O Roney casou; o Paulo (Cidão) agora é pai; o Ivan tá namorando; a Camila (lembra dela?) começou a faculdade; a Suellen faz curso técnico; o Carlos continua sendo o são-paulino mais fanático; o Filipe é o mais palmeirense; o Éderson repetiu o ano na escola; o Fernando virou crente; o Luciano tá trabalhando; o Renato também; o Marcos tem uma banda. Não tenho notícias da Agnes, Heleni, Carla, Jéssica, Fernandão; o Michel morreu.

Sem mais,
um grande abraço do seu amigo de infância, e que já sabe andar de ônibus sozinho,
Leandro Machado.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Que me desculpem as americanas, mas as brasileiras são fundamentais

Olá, marujos. Tudo bem?
Então, os textos abaixo foram escritos como exercícios de um curso aí que estou fazendo. O primeiro é uma associação de duas palavras que, aparentemente, não têm nada a ver: Obama e Chapeuzinho Vermelho. E o segundo texto foi feito com a técnica da 'escrita automática', que consiste, mais ou menos, em escrever o que vier à cabeça, sem se preocupar com gramática, ortografia, sintaxe etc.


– Olá, presidente.
– Olá, chapeuzinho. Tudo bem?
– Tudo ótimo. Fiquei sabendo que o senhor gostou de uma brasileira.
– Não, não. Eu estava apenas analisando os atributos dela. Nós precisamos tomar medidas protecionistas contra essas brasileiras.
– Por que, presidente?
– Elas andam invadindo a América, não reparou? Começou com a Carmen, depois essa tal de Gisele. Imagine se a Maysa toma o seu lugar, chapeuzinho?
– Deus me livre! Prefiro mudar de nome.
– Ah! Só não mude para Chapeuzinho Azul, senão a Dilma acha que é Tucano e acaba se transformando em lobo para te comer.

***

Eu não sei o que dizer aqui. Estou apenas pensando na garota ao lado. Eu encontrei a Bruna de Rádio e TV ontem, ela me deu um abraço forte. Eu disse oi Bruna, e ela disse oi Leandro o que você faz por aqui, eu trabalho por aqui, legal, e você, vou comprar um perfume na Fator 5. Eu pensei que devia ser pro namorado dela. A Bruna é linda mesmo, eu me casaria com ela. Eu lembrei de quando ela era solteira e eu tinha acabado o meu namoro. Me liga no número 98565659894 ela disse. Sim, eu ligo, mas eu não liguei porque eu ainda gostava da Carla.