sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Dividido em duas

Ele não é bonito como esses atores do cinema americano nem tão másculo quanto o Alexandre Frota, mas em seus quase 20 anos de vida pode ser considerado uns dos homens mais desejados da cidade de São Paulo. Seu estilo é variado: roqueiro quando convém, playboy dependendo da garota, ou sensível se a ocasião necessitar. *

Mesmo fazendo parte dos sonhos de uma dezena de garotas que o conhecem, o rapaz decidiu tomar jeito: dispensou todas as suas pretendentes e pediu em namoro as duas garotas que mais gostava. Elas aceitaram. Uma não sabendo da outra, é claro.

Namorar duas pessoas ao mesmo tempo realmente não deve ser fácil. São horas e horas perdidas com planos de encontros em lugares fora do alcance de vista da “outra”. “Cara, eu nunca posso me sentar na frente de um bar, por exemplo. Imagina se minha primeira namorada passa de ônibus e me vê com a segunda...”.

Existem também os intermináveis presentes dados às duas em datas comemorativas, como o Natal e Dia dos Namorados. Só aí já são quatro para cada uma. “Dou presente também nos aniversários de namoro e em mais alguns dias especiais que prefiro não revelar”.

A fama de garanhão do rapaz não é recente: ele começou cedo, mais precisamente aos seis anos de idade. “Minha prima Raquel, com sete anos na época, me encostou na parede e meteu aquela língua na minha boca”. A partir daquele momento, ele não descansou enquanto não conquistou o maior número de mulheres possíveis.

Até hoje, o rapaz contabiliza umas 60 garotas em sua lista de namoros breves. “Isso porque sou feio, se eu fosse bonito, passaria de 200”, diz, orgulhoso. Segundo os seus cálculos, são mais ou menos 13 loiras, 17 morenas, sete ruivas, três negras e dez inclassificáveis. Sim, mas, somando, o número chega a 50. E as outras dez? “Bom, as outras eu não me lembro”.

A tática usada para conquistar as mulheres é, segundo o rapaz, um dos seus diferenciais. “Geralmente, as mulheres dão mais valor ao o que você diz e não se importam muito com a sua aparência”. Por isso, o garoto investe cada vez mais em aperfeiçoar o seu vocabulário e o seu rol de possíveis assuntos. “Sei falar sobre muitas coisas que você nem imagina, meu caro”, completa.

Mas voltando ao caso de suas duas namoradas, o rapaz ainda continua confuso: não sabe qual vai eleger como única. “Na verdade, eu gosto de uma só”, disse certa vez. “E qual delas seria?”, lhe perguntaram. “Bom, ainda não descobri”.


* Preservamos o nome para evitar problemas.