Estava eu roendo as unhas quando meu amigo Sato deu a seguinte sugestão: “Você poderia escrever sobre escolhas”. Acatei a idéia do japonês e vomitei este pequeno texto que vem a seguir.
Se eu não tivesse escolhido seguir o conselho de minha mãe naquele dia chuvoso de fevereiro de 2006 não teria ido à escola. Eu não indo à escola não ouviria a frase que meu amigo Renato disse baixinho ao meu outro amigo Ivan: “Ouvi uma banda chamada Arctic Monkeys”. Eu, sendo curioso, procurei o tal Arctic Monkeys. Ouvi. Gostei. Comprei o CD e a camiseta. Virei fã. Quis ir ao show. Chamei meus amigos Renato, Daniel e Camila. Marcamos na estação. O Daniel levou o seu amigo Thiago e ambos chegaram atrasado. A Camila não: estava lá antes de todos. O festival já havia começado. Decidimos beber um pouco antes entrar. Compramos quatro vinhos e duas cervejas. Ninguém bebeu os vinhos. Eu bebi as cervejas. Entramos no show. Se a Camila não fosse baixinha, nós não tentaríamos ir lá para frente. Se a Camila não discutisse com a garota dançante, nós não iríamos mais a frente ainda. Enfim, se o cara nordestino não tivesse cansado pela falta de água. Se houvesse água. Se eu gostasse de Björk e se um estranho homem não caísse encima de nós, eu não teria te conhecido, Carla.
Mesmo pólo do imã repele
Há 9 anos
2 comentários:
Desculpe mais um texto 'fimdenamoroemoinfeliz'
Da próxima vez escrevo algo mais engraçadinho.
tchau.
Muito bonito de qualquer forma!
Por isso não acredito em destino. Acredito em escolhas.
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