A escada tava lá subindo, e a briga – cada vez mais violenta – descendo. Como eles conseguiam esta façanha da física eu não consigo imaginar, mas o fato é que estavam chegando perto de mim.
Como alguns de vocês sabem, sou magro. Não tenho biotipo (?) nenhum para artes marciais, muito menos para brigas. Enfim, se um soco perdido daquela batalha me atingisse eu estaria quase morto, ou pior, perderia algum dente. Ou, quem sabe, ficar com um olho roxo.
Eis que nesse momento crucial da minha vida, como se um filme passasse sobre meus olhos, recordei as três brigas que tive o desprazer de participar. Vamos a elas.
Briga número 1
Idade: 6 anos
Adversário: Washington (lindo nome!);
Motivo: como a maioria das desavenças entre homens tem a ver com futebol ou mulher, a nossa não poderia ser diferente. Ambos gostavam de uma garota chamada Laís. Aí, você, leitor esperto, já pode imaginar. Mas, se eu me recordo bem, tinha a ver com lugar que os dois sentariam a fim de estar mais perto da amada. Coisas de homens, saca?
Vencedor: Washington.
Briga número 2
Idade: 8 anos
Adversário: Júnior (meu companheiro de jornal na primeira série; hoje ele faz engenharia da computação)
Motivo: Eu perdi um gol na aula de educação física. Ele ficou zangado. Discutimos. Brigamos. Duas horas depois, aos goles de uma coca-cola xingamos juntos a inspetora do colégio, aquela velha chata, e voltamos a normalidade da amizade (com o perdão da rima).
Vencedor: Júnior
Briga número 3
Idade: 10 anos
Adversário: Felipe (apelidado carinhosamente de “Esquisito”)
Motivo: Existia uma brincadeira (não lembro o nome) que proibia que os membros de um determinado grupo de falarem palavrões, sob pena de murros e pontapés para quem soltasse um. Ou seja, se algum falasse “porra”, por exemplo, levava vários socos dos outros membros do grupo. Eu, com a minha boca suja, falei um; o problema é que levei um murro no rosto do Esquisito. Revidei. Brigamos.
Vencedor: Esquisito.
Como você viu, amigo leitor, não sou muito afortunado em combates, rixas, disputas, quebra-pau etc. Sempre levo a pior. Por isso, fujo de um confronto como o diabo foge da cruz, ou como todos os brasileiros fogem de filmes da Xuxa.
Voltando ao início do texto, a batalha do metrô continuou violenta; eu desviei de um pontapé perdido, subi a escada e perdi de vista os combatentes enfurecidos.
6 comentários:
magrelo e fracote... AhUAhAuAhAUhAuAHuAha....
Fiquei com dó de vc =/
HUAHUAHAUHAUHA ((mentira!))
=*******
Você não é um "fracote ordinário"
ahsuahsuahsa
Só não tem vocação pra ficar arrumando/se envolvendo em brigas.
Continue escrevendo textos, é melhor e mais seguro.
hehehe
Beijo.
Poxa, devia ficar la assistindo! Talvez abrir uma banquinha de apostas! Hahhaahha
Nao, mas falando sério, brigar é bobagem. No fim das contas, nao resolve nada. Só serve pra soltar a raiva, se machucar e machucar outras pessoas. Fora o desapontamento que fica nas pessoas que gostam de vc.
" Eu, com a minha boca suja, falei um; o problema é que levei um murro no rosto do Esquisito. "
huauhaauhauhahuauhahua, que que cê falou, Lê?! :O
Lelebas, tadinho de você!
Também não gosto de brigas!!
Estou lembrando do Daniel falando "imagina o Leandro, franguinho desse jeito de regata no show do Iron"!! hahahaha
To brincando!
Adorei o blog!
Beijos
Belas brigas! Nível UFC!
Pra que brigar? Sempre é melhor conversar e resolver tudo na santa paz do senhor...Claro, se não tiver outro jeito caí na porrada mesmo. Por isso que eu tento te ensinar uns golpes de Muay Thai.
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